Quem Sou

Mirelle Araújo
Psicóloga Clínica e Psicanalista
PUC-GO CRP – 09/01813

– Bacharelado e Licenciatura em Psicologia pela PUC-GO (1989/95);
– Pós-graduação em Psicanálise pela Universidade Santa Úrsula – RJ (1996/98);
– Pós-graduação em Neuropsicologia pelo CEPSIC (Centro de Estudos Psico-cirúrgico) USP (2001/04);
– Pós-graduação em Psicodiagnóstico Infantil e Adulto pelo Instituto Persona – Goiânia (2005/07);
– Curso de Formação em Psicanálise Clínica NAEPP (Núcleo de Atendimento e Pesquisa em Psicanálise) – Goiânia (2011/14).

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Fazer análise é fazer poesia

Dias desses atendendo uma paciente, observei que, enquanto falava, ela brincava com o lenço de papel que tinha nas mãos, aquele lencinho que colocamos ao lado do paciente caso ele precise, o lencinho que havia lhe secado as lágrimas. Enquanto se exercitava na associação livre ia manipulando-o inadvertida e delicadamente… De repente notei que havia feito dele uma rosa branca. Ela pareceu constatar por um segundo a “rosa” feita e seguiu, dando estrada ao discurso.

Dali a pouco conforme ia dizendo ia mudando a forma da “coisa”. A rosa deu lugar a uma “cobra” que passeou por entre os dedos… até que, subitamente, deu um nó nela.

E descem as palavras… Dali a pouco a cobra que era rosa e que virou nó, virou um anel, que foi enrolado bem no dedo do casamento, não por acaso, tema central daquela sessão.

Confesso que fiquei curiosa em saber qual seria a próxima forma com q a “artista ” trataria sua “obra”. Mas já era o momento de pontuar a ação sinalizando o “corta”!

No final de tudo, quando corto a sessão, ela abre o lenço que foi rosa, cobra, nó, anel… E, cuidadosa, sem tomar consciência disso, o desenrola, desafazendo-se de todas as formas, significantes e o deixa em cima da mesinha, como uma carta em branco, “de presente”.

Fazer análise é assim, um procurar saber fazer com o próprio desejo. Muitas, tantas vezes, vira poesia concreta. É tão bonito.

Mirelle Araújo ( 16 nov. 2017)

Psicanálise

A cura pela fala

É IMPORTANTE SABER

Em geral, as pessoas tem dúvidas sobre a diferença entre o psicólogo, o psiquiatra e o psicanalista. Aí vai uma breve explicação.

1 – Diferença entre psicólogo, psiquiatra e psicanalista

O psicanalista é um clínico que trabalha a partir da teoria criada por Sigmund Freud que defende a cura pela fala (talking cure), utilizando-se de um método que tem como foco a singularidade do sujeito, o inconsciente e seus efeitos. Seu trabalho consiste em auxiliar o analisando a lidar com o seu desejo e, a partir disso, ampliar suas potencialidades, enxergar e entender suas responsabilidades como protagonista da sua história. A Psicanálise é um campo clínico de investigação da psique humana, com origem na medicina e independente da psicologia.

O psicólogo é um profissional da saúde mental que estuda e trabalha com o comportamento humano visando o bem-estar psíquico e social, e pode atuar em outras frentes além da clínica, como: escolas, empresas e hospitais.

E o psiquiatra é um clínico que também trabalha com a saúde mental, mas tem como prerrogativa ser médico. Busca a cura ou o controle da doença a partir da farmacologia. É o único habilitado para prescrever medicações.

2 – O que muda no atendimento clínico em tempos de pandemia

Para preservar a integridade tanto do paciente quanto do analista, seguindo as orientações da OMS e do Ministério da Saúde, os atendimentos passam a ser online. As sessões acontecem através de videoconferência mantendo a duração da sessão presencial e garantindo assim o isolamento social.

A ética psicanalítica e seu manejo permanecem os mesmos.

Para que as sessões acontecam de forma eficiente e eficaz, é preciso que o paciente tenha um local adequado, privado e silencioso assim como é salvaguardada a sua privacidade por parte do analista.

3 – Quanto custa o investimento em Psicanálise

Para a Psicanálise, o pagamento feito pelo analisando é um investimento que conta para além da questão financeira. Seu valor é simbólico e parte do efeito no tratamento. Nas primeiras sessões, que chamamos de entrevistas preliminares, estabelecemos um contrato onde, dentre outras coisas, o valor é acordado. Sempre no um a um.

4 – O sigilo

O sigilo é a pedra fundamental, a base para que o tratamento psicanalítico se faça possível. A premissa do processo é fazer com que o analisando se sinta, antes de tudo, absolutamente protegido, seguro e confortável para se utilizar da regra principal da Psicanálise que é a associação livre (poder dizer tudo o que vier a mente sem julgamento e/ou seleção). Cabe ao analista o comprometimento inegociável de sigilo absoluto sobre tudo o que lhe for dito.

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